São Luís do Maranhão - Todo ultimo domingo de outubro é celebrado o festejo em homenagem à São José das laranjeiras, excepcionalmente, em anos de eleições a exemplo do atual, quando o pleito vai pro segundo turno adia-se para o seguinte, no caso desse ano caiu em sete de novembro, domingo de sol. Começa o dia, às sete da manhã, os fiéis já começam se reunir, nos arredores da feira, iniciam preces e orações, é servido um café da manhã para o pessoal. Logo em seguida por volta da oito da manhã, uma carreata e mais três ônibus disponibilizados pela Associação dos feirantes, para a condução dos fiéis sai do estacionamento para uma visita a cidade balneária, São José de Ribamar. Regressando à Praia Grande, uma procissão sai em cortejo ao santo, pelas ruas e becos centrais do centro histórico de São Luís. Uma missa campal é realizada dentro das dependências da feira e em seguida um coquetel, com bolo, salgados e muita animação com música mecânica e ao vivo, uma apresentação do tambor de crioulas, endêmico patrimônio imaterial, não poderia faltar.
Regado a muita cerveja gelada e uma quente de primeira, além de um cardápio sensacional, deliciosas tortas de frutos do mar, arroz de cuxá caseiro, e outras iguarias, assim foi comemorado o festejo de São José das laranjeiras, padroeiro da feira da Praia Grande, ou Casa das Tulhas, primeiro comércio de São Luís, onde eram entulhadas tudo quanto era mercadoria endereçada à cidade. Essas informações foram apuradas numa boa conversa com Byra, ou melhor, Ubiracy Lima Sampaio, feirante a mais de trinta anos, contou ele, que começou a comercializar com seu pai, aos treze anos de idade, e hoje já completou 45. “Dizem os antigos, que o festejo sempre foi realizado, a data da fundação nos adornos de ferro num de seus portais, que somam quatro, o ano de 1861. A imagem do santo chegou pelo mar, que rebentava às portas, antes do aterramento do Rio Bacanga, no que restou duma embarcação, há muito tempo, o santo é o principal também duma capela histórica particular de fundação ao ano 1818, ano grafado no oitão, e aberta a visitações, há data de 2007 após restauração do IPHAN. Fica localizada na Rua Grande ao lado do prédio do antigo colégio Maristas.