Uma noite no Odeon
Sobre o reggae, o evento e as atrações
O gênero musical denominado Reggae surgiu na Jamaica há muito tempo. Suas raízes foram deixadas no Brasil por meio dos negros, em especial no Norte-nordeste e na capital maranhense (São Luís), conhecida como a Jamaica Brasileira. A princípio, a “influência regueira” era bastante evidente nas periferias e clubes de reggae; esses eram os locais dominados pelo som jamaicano. Mas o movimento cultural iniciado com a levada dos hits de Bob Marley, recentemente se popularizou e adentrou os gostos musicais de várias classes, a média e a alta, fenômeno antes nunca visto. Na última quarta (20), o Bar Odeon, característico pelo ambiente rústico e alternativo, proporcionou uma noite de muita diversão, onde pessoas antenadas puderam apreciar o som empolgante, e ao mesmo tempo relaxante do ritmo da Jamaica, com a Banda Katamarã, os DJ’s Andrezinho Vibration e Jards Zue a discotecagem Baião de Dois.
A popularização conquistada por este gênero musical, ou melhor, “elitização” do gênero muito se deu pelo surgimento de casas de reggae, bares especializados, DJ’s e discotecagens inteiradas, que buscam eternizar o roots, trazendo também novas misturas mixadas. “Hoje vejo diferenças de classes em nosso ambiente. A classe média impera no reggae”, diz Andrezinho Vibration, um dos pioneiros do movimento na capital. Ele completa: “É visível nos bares - não em clubes, mas nos bares - que a galera pesquisa cada vez mais bandas, mais sons. A prova disso é o aparecimento de mais DJ’s no cenário”, afirmou, referindo-se ao número de DJ’s e discotecagens de reggae que fortalecem a cena na Ilha do Amor.
O som do Baião de Dois, junta vários elementos num só; eles fazem mistura do ritmo com hip hop, ragga, dub, rockstead, rap, e outros. Formada por Marlos Souza e Pedro Henrique Farias, a Baião de Dois tem a proposta de apresentar algo criativo e diferenciado, que faça o público curtir bastante. “Tocamos de tudo que é diferente. O que nos interessa é buscar algo novo, tocar algo que as pessoas não conhecem”, elucidou Marlos Souza.
Agora elogiando o trabalho que realizam Andrezinho Vibration, ZUE, o Baião de dois e a banda Katamarã, é o que temos de mais qualidade no que se refere a cena Reggae, que tem muita força na cidade. A mesma massa guerreira que canta a Tribo de Jah, está crescendo a cada dia, elegendo seus representantes e carecendo das mesmas soluções aos mesmos velhos problemas políticos e culturais...
Texto: Jesilene Corrêa
Contribuições: André Gustavo
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